22/12/2024- Review feita por Gaimm_
Disponível para PS4, PS5, Xbox Series S|X, PC
Ou pegue na Adrianoteca!
Like a Dragon: Infinite Wealth é o oitavo jogo da linha principal da franquia Like a Dragon, anteriormente conhecida aqui no ocidente como Yakuza. É o segundo jogo a contar com o protagonismo de Ichiban Kasuga e também o segundo onde o game é um RPG de turnos, cimentando esse aspecto dentro dos games da série. Continuando de onde o anterior, Yakuza: Like a Dragon, parou, vemos Ichiban trabalhando para reabilitar ex-yakuzas que desistiram dessa vida, até que um grande canal online de notícias acusa falsamente Ichiban e seus companheiros de usarem a história de reabilitação de ex-criminosos como um esquema ainda maior onde estariam acontecendo roubos e mantendo o submundo da Yakuza vivo através disso. Com sua carreira e sua reputação danificadas, segue a dica de um antigo aliado e parte para o Havaí em busca de sua mãe, que há muito se pensava estar morta. Chegando em Honolulu, o que deveria ser um encontro com sua mãe depois de anos acaba se tornando algo muito maior quando Ichiban se vê envolvido em uma trama gigantesca envolvendo amigos, antigos presidentes de clãs da Yakuza e um culto havaiano.
Infinite Wealth desde seu anúncio foi muito antecipado por fãs de franquia e fãs que tiveram contato com a franquia a partir do sétimo jogo, que foi o estopim da série no ocidente. A gameplay de turnos é simples, mas satisfatória. Você pode atacar, usar itens e ataques especiais. Mas não basta apenas isso, cada ataque seu e dos seus companheiros (você pode andar com uma party de até 3 pessoas e você controla todos em batalha) precisa ser pensado com cautela, pois um posicionamento ou ataque errado pode te custar a batalha assim como também pode te fazer ganhar ela com facilidade. A variedade de inimigos é impressionante e hilária, principalmente por causa dos nomes que ficam ainda melhores por causa do primoroso trabalho de localização feito no game. Mesmo as batalhas mais simples podem se tornar desafiadoras, ainda mais se você não prestar atenção no seu nível. Esse que é um ponto contra do jogo. O game tem um leveling bem punitivo, onde às vezes os inimigos com nível igual ou pouco acima do seu conseguem dizimar sua party em segundos pois causam muito dano e abusam de ataques com efeitos negativos: sangramento, sono, atordoamento, resfriado e por aí vai. Houveram batalhas em que mesmo estando no mesmo nível ou, no máximo, dois níveis abaixo, passei um sufoco tremendo. E, como mencionei acima, mesmo em batalhas onde você tem um nível muito mais alto, você precisa pensar em seus movimentos, pois algumas vezes mesmo com nível mais alto eu fui facilmente derrotado. Isso me fazia parar, repensar minha estratégia e tentar de novo. Outro problema desse sistema de combate é o sistema de defesa bem impreciso. Na teoria ele deveria ser simples: você aperta o botão no timing correto e os personagens defendem, reduzindo o dano do ataque. Mas por várias vezes a janela de timing ficava variando e mesmo defendendo às vezes o boneco simplesmente não respondia ao comando. É algo que ajuda, mas por várias vezes te deixa na mão. Em compensação, a recompensa por cada batalha é gratificante e você se vê num sistema de progressão bastante satisfatório. Só que a reta final do game vai te exigir um grinding um pouco mais chato para poder estar não só no nível adequado mas também ter o equipamento necessário para progredir da melhor forma. Equipamentos esses que precisam ser craftados com materiais raros, o que vai render ao jogador um farm de dinheiro e também de materiais que você adquire em dungeons ou trocando pontos em minigames. E já fica o aviso: o preço é alto. O game também tem diversas "vocações" que você pode assumir e todas elas dão algum bônus permanente pro personagem, sendo elas: cozinheiro, dançarino, astro de ação, host, samurai e muitas outras. É outro ponto que não só ajuda você a se preparar e ficar melhor para as batalhas, mas também diversifica muito o gameplay.
A ambientação do game, tanto no Havaí quanto no Japão, é um espetáculo. Esse sempre foi um forte da franquia, mas aqui parece ainda melhor. Tudo é muito bonito e detalhado, e nenhum lugar parece cópia do outro. Todos têm seus respectivos pontos que os fazem se distinguir do resto, o que dá a sensação de realmente estar transitando pelo Havaí e conhecendo o povo de Honolulu, seus estabelecimentos e seu clima. Isso é um ponto muito positivo também pois faz com que você se sinta envolvido com o game e torna tudo ainda melhor. Outro ponto que sempre foi forte em Yakuza é a imensa quantidade de conteúdo. Desde um número enorme de side quests até o número muito expressivo de minigames, sejam eles: dardos, pôquer, baseball, blackjack, mahjong e outros que sempre estiveram presentes na franquia, quanto os de fliperama onde você literalmente usa um emulador dentro de um game maior, tendo a oportunidade de jogar Virtua Fighter, SpikeOut e até Sega Pro Bass Fishing do Dreamcast (!), além dos caça níqueis comuns de fliperamas como a famosa garrinha de pegar bichinhos de pelúcia. Além disso, existem outros minigames bem maiores que também merecem destaque.
Dois deles são relacionados a troféu e você também pode usar para farmar pontos e comprar equipamentos melhores: o Entrega Maluca e o Clique Suspeito. Entrega Maluca você atua como entregador de lanches, mas o grande twist é que você precisa fazer entregas cada vez mais elaboradas para assegurar pontos e ranking alto. É basicamente uma mistura de Tony Hawk com entrega de pizza. Sim, isso mesmo que você leu. E o Clique Suspeito é um minigame simples de fotografia mas que usa e abusa daquele senso de humor peculiar oriental, onde você precisa embarcar em um bondinho e fotografar modelos musculosos com roupas apertadas e máscaras de borboleta. Além desses dois, existem dois minigames que poderiam ser, facilmente, jogos à parte. A Liga Sujimon, que foi introduzida no game anterior, e, o meu favorito, o minigame da Ilha Dondoko. A Liga Sujimon, como o nome denuncia, é uma paródia de Pokémon, onde você cria seus Sujimons, os treina, fortalece, evolui e cria laços com eles para que se tornem ainda mais eficientes em batalha. O grande diferencial é que em vez de criaturinhas você usa... pessoas. No meu caso, minha party era formada por um Pirata Musculoso, um demônio oni, um samurai, um mestre de karatê, um bêbado com um barril de pinga no lugar da cabeça e um healer com máscara de galo. É... é melhor jogar ele do que explicar. Só que, além do minigame, ele tem toda uma trama por trás envolvendo um antigo mestre Sujimon, seus pupilos e uma organização focada em explorar a Liga atrás de lucro.
Já o minigame da Ilha Dondoko é uma mistura da antiga gameplay da franquia com simulação de gerenciamento. Onde Ichiban acaba indo parar em uma ilha resort antiga, destruída por conta da invasão e permanência de um bando de piratas que ficam atazanando os que vivem lá. Seu objetivo é não só acabar com a ameaça pirata, mas também transformar a Ilha Dondoko em um resort cinco estrelas. Como se faz isso? Criando atrações, limpando terrenos, colocando acomodações e garantindo sempre a satisfação e a popularidade da Ilha. Além de sempre focar em dar uma temática para ela: rústica, popular, adulta e por aí vai. Tanto esse quanto a Liga Sujimon poderiam ser facilmente games a parte e que vão te render, no mínimo, dez horas de gameplay (ou mais) se você quiser finalizar as histórias. Coisa que você vai precisar fazer se quiser buscar a Platina.
Voltando ao game principal, a narrativa é o ponto mais alto desse jogo. Já que ela mistura ação, suspense, comédia, investigação e te entrega uma história envolvente, repleta de reviravoltas e que o tempo todo surpreende o jogador com novos personagens, retorno de personagens clássicos e momentos dignos da frase "absolute cinema". Ao mesmo tempo, é impressionante como a narrativa também consegue abordar diversos temas relevantes e importantes, mas sem parecer panfletário ou forçado. Temas como o impacto das fake news online, poluição do meio ambiente, abuso de poder e diversos outros. Ainda que alguns temas sejam pesados, em nenhum momento eles são abordados de forma indelicada. Muito pelo contrário, o game te faz pensar e refletir sobre tudo isso. Além de te mostrar diversos aspectos de outras temáticas mais leves como amor, amizade, lealdade e a busca em fazer o certo. O final do game é extremamente bonito e emocionante e também nos guarda reviravoltas que me deixaram ansioso para os próximos games da linha principal.
Like a Dragon: Infinite Wealth tem alguns pequenos problemas, mas são extremamente insignificantes se comparados com a magnitude de tudo que o game nos oferece de forma acertada. É facilmente o melhor game que joguei esse ano e um dos melhores que já joguei na vida. Cimentou a franquia como uma das minhas favoritas e me deu vontade de entrar de cabeça nessa saga. É altamente recomendado para fãs de RPG e pode ser uma bela porta de entrada para quem nunca jogou. É um jogo imenso, que vai render horas e horas de diversão e que, no fim, vai te deixar com um gosto de quero mais. Altamente recomendado.
Like A Dragon: Infinite Wealth, o próximo título da série Yakuza, reúne dois "dragões" heroicos num novo RPG expansivo que leva a franquia para um local totalmente nova no coração do Oceano Pacífico.
Atraído para a cidade de Honolulu com a promessa de encontrar sua mãe biológica, Ichiban Kasuga ("O Dragão do Fundo do Poço") mas só descobre a traição, até que o recluso Kazuma Kiryu ("O Dragão de Dojima") oferece uma ajuda. Com a ajuda de personagens já conhecidos, como Nanba, Adachi e Seong-hui, além dos novatos Tomizawa e Chitose, Ichiban e Kazuma travam suas batalhas mais pessoais até agora.
Explore a capital tropical do Havaí e as ruas conhecidas do distrito de Kamurocho, em Tóquio, enfrente rivais de gangues locais em batalhas aprimoradas no estilo híbrido de RPG e desfrute da abundância peculiar de atividades secundárias de Like A Dragon. O destino dos dois dragões está em suas mãos.
Guia 🏆
Like a Dragon: Infinite Wealth - Gameplay Reveal Trailer | PS5 & PS4 Games
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Like a Dragon: Infinite Wealth